quinta-feira, 27 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

bate-papo e lançamento do catálogo em nova data


Bate-Papo da Exposição Sala de Espera Para Lugar Nenhum ganha novo dia



O bate-papo com os artistas da exposição Sala de Espera para lugar Nenhum e o lançamento do catálogo da mostra, que seria no dia 17 de maio, às 19h30 foi transferido para dia 28 de maio, às19h30, na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes.

Sala de Espera para Lugar Nenhum foi selecionada pelo Edital Artes Visuais 2009-2010 e ficou em cartaz de 15 de abril a 09 de maio, na Galeria Genesco Murta, Palácio das Artes. Mais de 3.000 pessoas foram conferir de perto a proposta coletiva assinada por Juliana Alvarenga, Marco Paulo Rolla, Paulo Nazareth e Wagner Rossi Campos. Os artistas construíram um espaço de circulação em que as montagens e desmontagens da galeria foram a própria exposição.

No bate-papo, os artistas conversarão com o público sobre o processo criativo da exposição, sua relação com o público e sobre o fazer artístico. A entrada é franca.

domingo, 16 de maio de 2010

Demasiadamente humano


Uma galeria cagada d pato. Eis a obra e sua presença limite entre a origem roça e o lugar vanguarda. Tudo bem apropriado para se pensar em merda e pão e gente. Gente de corpo e mentira, de vida e representação, pulsão e desgaste. O pato, o pássaro e o homem. Aqueles livres e nós prisioneiros da jaula sem abertura. Corredor que leva ao nada, niilismo, vazio, sensação de miséria. Lágrimas pela sensação de homem que vejo diante de mim. Risos para esconder o homem em sua demasia. Medo, luxúria, inveja, carnificina de sorrisos envolventes em carne exposta. Desejo de vida morta pela casca da pele escondendo as máscaras vazias de ossos brancos manchados pelo vermelho sangue rosado na derme lisa do osso. Dentes brancos sob superfícies esverdeadas, pele cansada pelo tempo da mentira. Quem sou além de corpo exaurido e carne em pele e dentes sorridentes?

Alegria esfuziante do jogo humano que torna o real em mini carretéis espalhados por espaços lisos e cheio de crianças. Nada de ontem e de amanhã naquela sala de espera. Apenas o tempo da dor e da alegria exuberante. Da força manifesta que não pode calar e esconder sua obra de matéria maleável, moelavel, transformável. Acidente humano, desvio, volta ao eterno do mesmo. Corpos atrelados e enovelados pelo confronto entre obra e objeto trivial, alimento saudável para eternos contrários que se devoram insistentemente.

Wagner Rossi

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